sexta-feira, 21 de maio de 2010

Livro Usado - 104_Eu, Claudius, Imperador

TítuloEu, Claudius, Imperador
Autor: Robert Graves
Editora: Abril Cultural
Edição: 1ª
Ano: 2001
Categoria: Ficção 
Número de Páginas: 332
Estado de Conservação: Muito bom
Valor de VendaR$ 8,00
Sitehttp://produto.mercadolivre.com.br/MLB-142469340-eu-claudius-imperador-robert-graves-livro-_JM

Sinopse
O romance de Robert Graves foi publicado pela primeira vez em 1934. Nele, Graves conta a história da dinastia Júlia-Cláudia, nos primórdios do império romano, desde a morte de Julius Cesar, sucedido pelo seu sobrinho-neto, Otavius Augustus, passando por Tiberius e Calígula, e finalmente a sucessão de Claudius. 
A obra é escrita em primeira pessoa; quem nos relata, portanto, é o próprio Claudius, devido às suas pretensões de historiador. A maior parte do livro narra o reino de Augustus, e junto dela, a história da infância de Claudius. 

O curioso são as circunstâncias em que Claudius se torna imperador. Este, diferente de seus dois irmãos, Livilla e Germanicus, era um garoto fraco, mancava, era surdo de um ouvido e, além disso, gaguejava. Por esta razão, conta no livro, era motivo de vergonha para a família, sendo desprezado pela própria mãe, pelo imperador e pela imperatriz, Lívia, que era sua avó, não participando das atividades sociais e públicas que os demais participavam. No livro, Claudius (o autor), descreve seu irmão Germanicus, seu primo, Postumus, e seu preceptor, Athenodorus, como os únicos que lhe tinham algum afeto, reconhecendo sua inteligência e outras habilidades. Considerado como idiota, nunca puderam conceber que ele pudesse se tornar imperador algum dia. Mas o reinado de Calígula, que subiu como a esperança de Roma, por ser filho de Germanicus, destacado e popular chefe militar, e levou ao extremo a matança, perseguições e orgias praticadas pelo seu antecessor Tiberius, criou uma situação insustentável que culminou no assassinato de Calígula.
Entre os muitos atos desvairados cometidos por Calígula estava o de nomear seu cavalo, Incitatus, senador. Longe de ser apenas um acesso de loucura, o ato visava desmoralizar o Senado, vestígio da República Romana, que nem mesmo o Império teve poder para dissolver. Claudius, tio de Calígula, foi o único membro da família real que conseguiu sobreviver, pois todos os outros por poderem representar algum perigo, haviam sido mortos por Tibério e posteriormente por Calígula, que por serem imperadores tinham direito sobre a vida e a morte de todos os cidadãos. 

Na obra, Robert Graves dá grande destaque à figura de Lívia, avó de Claudius. Em certa passagem faz menção a seu nome como sendo sinônimo de "malignidade", quando Claudius encontra um vaso antigo, onde estava retratado o rosto de Lívia, embora feito anos antes do seu nascimento, com esta inscrição. 

Lívia teria tido um papel fundamental na formação do império e teria sido articuladora de boa parte das mortes antes da coroação de Tibério, seu filho, que seria o beneficiado de tais matanças. Todas elas, no entanto, visavam por um lado afastar os republicanos da possibilidade de se tornar imperador, entre eles, seu ex-marido, seu filho (pai de Claudius) e posteriormente seus netos. Por outro, queria afastar a todos que pudessem assumir o Império e que não estivessem diretamente sobre seu controle. 

A obra retrata com clareza a época de decadência de Roma, iniciada justamente com o Império, e mais precisamente com Júlio César
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